Vários ocuparam um prédio da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, nos EUA, durante a madrugada desta terça-feira, depois de o estabelecimento ter estabelecido um prazo para que o acampamento pró-palestina fosse removido do campus universitário.
Num documento distribuído aos manifestantes, a universidade exigiu que o local fosse evacuado até às 14h00 (hora local, 19h00 em Lisboa), sob pena de suspensão. Contudo, três horas depois da hora limite, a situação permanecia inalterada, com centenas de jovens a marchar de rostos tapados ao redor do acampamento, entoando gritos de protesto em apelo direto à universidade para que se desassocie de participações em fundos e empresas que os ativistas alegam estarem a lucrar com a invasão de Gaza por Israel.
A direção da universidade começou a suspender os estudantes que decidiram manter os protestos de apoio a Gaza e um grupo decidiu, então, invadir o Hamilton Hall, um histórico edifício académico, como resposta, barricando a entrada do edifício com mesas.
Vários estudantes usavam capacetes, óculos de segurança e máscaras, de acordo com o New York Times, e uma estudante terá, inclusive, utilizado um martelo para partir o vidro de uma porta.


“Acho completamente ridículo que a universidade ameace os alunos com suspensão se não levantarem o acampamento. Estes estudantes estão apenas a exercer o seu direito ao protesto” defendeu, em declarações à Lusa, Michael, um estudante presente no acampamento, numa posição partilhada por outros manifestantes.
“Esta sempre foi uma escola em que isso foi feito, foi sempre um exemplo de onde os movimentos estudantis se juntaram para fazer as mudança acontecer. Estas ameaças por parte da presidente vão completamente contra aquilo que esta universidade sempre defendeu”, avaliou.
Os estudantes garantem ainda que não há lugar para ódio no acampamento, rejeitando qualquer ligação a casos de ataques a alunos judeus. “Não há antissemitismo neste acampamento. Realmente registaram-se atos antissemitas, mas não estão relacionados com este protesto. Não é isso que este acampamento defende. Este não é um movimento antissemita e nunca foi”, garantiu Michael.
Com Lusa