Este resultado representa uma queda de 41,5%, num ano que a petrolífera estatatal angolana sublinha ter sido “marcado por múltiplos desafios, cujas consequências têm sido visivelmente nocivas, à escala global”.
Em 2023, o volume de negócios da Sonangol foi de 10,9 mil milhões de dólares (10 mil milhões de euros), contra os 13,4 mil milhões de dólares (12,3 mil milhões de euros) de 2022, uma descida de 18,6%.
De acordo com o comunicado sobre o desempenho operacional e financeiro da petrolífera referente a 2023, a instabilidade no ambiente geopolítico e o seu consequente impacto no comportamento dos mercados refletiram-se no preço do barril de petróleo e na rentabilidade dos agentes económicos.
Nesse cenário, as ramas angolanas foram comercializadas ao preço médio de 82,04 dólares por barril contra os 102,21 dólares comercializados em 2022.
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado atingiu 3,2 mil milhões de dólares (2,9 mil milhões de euros).
A petrolífera fez investimentos de cerca de 2 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros), dos quais 98% na cadeia primária de valor, com destaque para projetos de desenvolvimento dos blocos 0, 15/06 e 17/20 e desembolsos referentes aos projetos de construção das Refinarias do Lobito e de Cabinda.
Com os referidos investimentos, que representam um aumento de 41% em relação ano anterior, a empresa “reforça a posição no mercado, focando-se na cadeia primária de valor e nas energias renováveis”, salientou a Sonangol.
“Alinhada à sua estratégia de expansão das operações de exploração, a Sonangol retomou as atividades onshore na Bacia do Kwanza, com a perfuração de dois poços nos blocos KON 11 e KON 12, o que resultou na identificação de recursos prospetivos estimados em 80 milhões de barris”, refere-se no comunicado.
Em relação à promoção da autonomia doméstica em termos de produtos refinados, em 2023, a nova Unidade Platforming da Refinaria de Luanda alcançou 221.000 toneladas métricas de gasolina, um aumento de 162% em relação a 2022.
A Sonangol refere ainda que, no âmbito da privatização dos seus ativos não nucleares, foram contratualizados, desde 2019, um total de 190 milhões de dólares (175,6 milhões de euros) e recebidos 66,2 milhões de dólares (61,2 milhões de euros), com 31 ativos privatizados e cinco em curso.
DYAS // MLL