“Julgo que faríamos bem em não reparar constantemente no que fazem os candidatos presidenciais ou observar as eleições, mas antes cumprimos os nossos deveres”, disse Pistorius numa alusão a Trump, pré-candidato à reeleição e que na semana passada congeminou um ataque russo aos países da NATO que não gastam o suficiente na área da Defesa.
O ministro alemão, que emitiu as declarações antes da reunião do Grupo de contacto de apoio à Ucrânia que hoje decorre na sede da NATO em Bruxelas, elogiou os países da Aliança que aumentaram as despesas no armamento.
Em paralelo, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, admitia que 18 dos 31 países membros da NATO vão destinar 02% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em investimento na área da Defesa durante o corrente ano.
O ministro alemão também se opôs ao debate iniciado nas últimas semanas sobre o eventual aumento da dissuasão nuclear pela União Europeia (UE), face ao possível regresso de Donald Trump à Casa Branca após as presidenciais de novembro nos EUA.
“O debate nuclear é o último que necessitamos neste momento. Trata-se de uma escalada que não necessitamos”, assegurou Pistorius.
Neste âmbito, o secretário-geral da organização militar ocidental assinalou que já existe “uma dissuasão nuclear da NATO que proporciona o máximo de garantia aos aliados”, em particular “pelas armas nucleares dos Estados Unidos na Europa”, e pelo facto de Reino Unido e França, dois outros aliados europeus, possuírem este tipo de armamento.
“Há ainda que considerar que outros aliados da NATO disponibilizam aviões, infraestrutura e apoio para poder garantir que esta dissuasão é funcional, operativa, segura e fiável”, acrescentou Stoltenberg.
PCR // APN