A base na província de Deir Ezzor foi alvo de um ataque de drones, na quinta-feira, e desencadeou disparos da defesa aérea, sendo que nenhuma vítima ou ferido foi registado até ao momento, indicou o OSDH, sediado em Londres.
Também na quinta-feira, um grupo de helicópteros norte-americanos cruzou a baixa altitude o espaço aéreo do rio Eufrates, que separa o território controlado por estas milícias, após o que se ouviram explosões na cidade de Abu Kamal, na fronteira entre a Síria e o Iraque, disseram fontes no terreno à organização não-governamental.
Horas antes, o secretário da Defesa norte-americano defendeu ser altura de desativar “ainda mais” as milícias apoiadas pelo Irão que atacaram forças e navios dos Estados Unidos no Médio Oriente, sugerindo que estão a preparar-se para “operações de grande envergadura”.
Lloyd Austin acrescentou que os Estados Unidos estão a preparar-se para tomar medidas significativas sobretudo em resposta à morte de três militares norte-americanos na Jordânia num ataque de uma milícia pró-iraniana à instalação conhecida como Torre 22.
Há vários dias que os Estados Unidos têm dado a entender que os ataques estão iminentes.
Embora a ameaça de retaliação pelas mortes de domingo tenha levado alguns grupos militantes a dizer que estavam a cessar as hostilidades, os rebeldes Huthis do Iémen dispararam na quinta-feira um míssil balístico contra um navio porta-contentores de bandeira liberiana no mar Vermelho.
“Agora, chegou o momento de retirar ainda mais capacidade à que retirámos no passado” às milícias, disse Austin, na primeira conferência de imprensa desde que foi hospitalizado a 01 de janeiro devido a complicações no tratamento do cancro da próstata.
Os anteriores ataques dos Estados Unidos, apoiados pelo Reino Unido, não impediram que os Huthis continuassem a lançar mísseis e ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) contra navios no mar Vermelho.
Desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, a 07 de outubro, grupos de milicianos apoiados pelo Irão atingiram bases norte-americanas no Iraque e na Síria pelo menos 166 vezes com foguetes, mísseis e ‘drones’ de ataque unidirecional, atraindo cerca de meia dúzia de contra-ataques norte-americanos a instalações das milícias nos dois países.
Os Estados Unidos atribuíram o ataque na Jordânia à Resistência Islâmica no Iraque, um grupo de milícias apoiadas pelo Irão que inclui o grupo militante Kataib Hezbollah.
Teerão negou qualquer envolvimento.
“Mas isso não tem importância porque o Irão patrocina estes grupos”, resumiu Austin, na quinta-feira, salientando que “sem esse apoio” os ataques não são possíveis.
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