De acordo com as agências internacionais de notícias, o acordo entre o Brasil e a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, conhecido como OPEP+, entrará em vigor a partir de janeiro e surge numa altura em que a produção do Brasil e dos Estados Unidos impedia o cartel de controlar os preços mundiais de forma mais vigorosa.
Contactada pela agência norte-americana de notícias AP, a Presidência do Brasil não confirmou a entrada do gigante sul-americano no grupo, dizendo apenas que o convite está a ser analisado.
“A reunião deu as boas-vindas a Alexandre Silveira de Oliveira, ministro das Minas e Energia da República Federal do Brasil, que integrará a Carta de Cooperação OPEP+ a partir de janeiro de 2024”, lê-se num comunicado da OPEP citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.
O inesperado anúncio faz com que o Brasil, que produz cerca de 4,5 milhões de barris de petróleo e gás por dia, se junte ao grupo constituído em 2016 pelas 13 nações da OPEP e a que se juntaram mais 10, incluindo o México e a Rússia, fazendo do Brasil o parceiro número 24.
O Brasil será, assim, o segundo membro da América Latina, a seguir à Venezuela, que conta com as maiores reservas de petróleo do mundo, apesar da crise das suas finanças públicas.
A OPEP é constituída pela Argélia, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela, a que se juntam mais dez aliados, entre os quais estão a Rússia, o México, o Azerbaijão e o Cazaquistão.
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