Os professores queixam-se “do não cumprimento dos compromissos assumidos e o não reajuste salarial a toda classe docente, incluindo os aposentados”, indicam os sindicatos que subscrevem a carta de dois parágrafos.
Assinam o pré-aviso, o Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), o Sindicato dos Professores da ilha de Santiago (Siprofis) e o Sindicato Democrático de Professores (Sindprof).
A paralisação vai abranger todas as categorias profissionais dos docentes e em todos os estabelecimentos de ensino de Cabo Verde.
Os professores realizaram uma manifestação, na Praia, no dia 18 de outubro e prometeram, na altura, novas formas de luta caso o Ministério da Educação não atendesse às suas reivindicações, entre as quais, aumentos salariais, promoções e progressões na carreira.
Um dia após a manifestação, o vice-primeiro-ministro cabo-verdiano, Olavo Correia, disse que o Governo já investiu mais de 5,4 milhões de euros para resolver pendências dos professores e que para o próximo ano reservou mais de 900 mil euros para regularizar carreiras.
Hoje, à entrada para o debate parlamentar sobre o Orçamento de Estado (OE) para 2024, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse haver espaço para negociações face à ameaça de greve de professores e profissionais de saúde.
“Claro que há [espaço para negociações]. Nós estamos a fazer reformas de fundo relativamente à reestruturação e novo plano de carreiras, às funções e remunerações, estatuto do pessoal dirigente e os próprios estatutos dos quadros privativos vão ser revistos em função do enquadramento no novo plano”,afirmou.
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