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Esta terça-feira, o hospital Al-Ahli na Cidade de Gaza sofreu um ataque aéreo que provocou pelo menos 500 mortos. Este era um dos muitos locais de refúgio dos contínuos bombardeamentos para quem não saiu da cidade depois de Israel ter ordenado a todos os residentes que se retirassem para o sul da Faixa de Gaza, um movimento que diversas organizações internacionais consideraram impossível de concretizar por envolver mais de um milhão de habitantes.
As imagens captadas após o ataque mostram a devastação, o sofrimento e a morte. Os sobreviventes procuram feridos e corpos entre os destroços do edifício, que ficou completamente destruído, reunindo os corpos em locais preparados para o efeito e onde possam ser identificados. Muitas crianças estão entre aqueles que perderam a vida neste ataque.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, alega que Israel é responsável. Caso essa informação se confirme, será o mais mortífero bombardeamento aéreo israelita nas cinco guerras que foram travadas desde 2008. Contudo, o Exército israelita descarta culpas e atribuiu o ataque à organização palestiniana Jihad Islâmica. “De acordo com informações de inteligência, baseadas em diversas fontes que obtivemos, a Jihad Islâmica é responsável pelo ataque fracassado de foguetes que atingiu o hospital“, lê-se num comunicado.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou o ataque a este hospital no norte da Faixa de Gaza. “Estou chocado com as centenas de pessoas mortas no ataque ao hospital al-Ahli em Gaza, que condeno, e apelo a um cessar-fogo humanitário imediato para aliviar o sofrimento humano a que estamos a assistir. Muitas vidas e o destino da região estão em jogo”, disse num fórum internacional em Pequim, China.