Após o foguetão descolar à hora prevista da plataforma de lançamento na ilha de Sriharikota, no sul da Índia, os técnicos de controlo da missão aplaudiram.
O lançamento surge pouco mais de uma semana depois de a Índia ter pousado no polo sul da Lua uma sonda com um robô, um feito inédito na exploração espacial.
O satélite Aditya-L1 será posicionado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, no chamado ponto de Lagrange 1 (L1).
Aditya, que significa Sol em hindi, irá registar a atividade solar, em particular a dinâmica dos ventos solares (emissão contínua de partículas subatómicas provenientes da coroa solar) e os seus efeitos na meteorologia espacial.
O engenho está equipado com sete módulos para observar duas das camadas externas da atmosfera do Sol – cromosfera e coroa – e detetores de campos eletromagnéticos e de partículas, segundo a organização espacial indiana.
A Europa e os Estados Unidos já têm sondas a observar o Sol, a Solar Orbiter e a Parker Solar, mas é a primeira vez que a Índia se lança no estudo da estrela.
Em 23 de agosto, a Índia tornou-se o primeiro país a pousar um engenho espacial no polo sul da Lua, região inexplorada e onde haverá grandes quantidades de água gelada.
É nesta região que os Estados Unidos querem colocar em dezembro de 2025 a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis.
Apenas os Estados Unidos tiveram astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, todos homens, no âmbito do programa Apollo.
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