Segundo o responsável dos serviços secretos ucranianos, os mercenários russos estão instalados em Lugansk numa base própria existente “desde 2014”, ano em que a Rússia tomou pela força as regiões do Donbass — Donetsk e Lugansk -, noticiou o diário digital Ukrainska Pravda.
“Também se encontram em algumas zonas do sul da Ucrânia, mas não estão a participar nas hostilidades”, acrescentou Budanov referindo-se aos combates em curso entre tropas russas e ucranianas há 16 meses, desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.
Considerado o braço armado de Moscovo no estrangeiro, o grupo Wagner, liderado pelo empresário russo Yevgueni Prigozhin, protagonizou uma sublevação armada contra as autoridades russas no passado fim de semana, entre sexta-feira à noite e sábado à tarde, que abalou a Rússia.
Durante menos de 24 horas, os mercenários tomaram várias instalações militares na cidade estratégica de Rostov, no sudoeste do país, e percorreram centenas de quilómetros em direção a Moscovo, antes de Prigozhin pôr fim à rebelião, em troca de imunidade prometida pelo Kremlin para ele e para os seus combatentes, obtida num acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
Esta crise representou o maior desafio com que Putin, que classificou os acontecimentos como “uma traição”, se viu confrontado desde que chegou ao poder, no final de 1999.
Após estes acontecimentos, Moscovo optou por prescindir dos serviços do grupo Wagner na guerra de ocupação que trava na Ucrânia, mas os seus elementos continuarão contratados em África.
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