Nesta primeira visita ao Iraque, a diretora geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) irá reunir-se com o presidente, Abdel Latif Rachid, e com o primeiro-ministro, Mohamed Chia al-Soudani.
“É uma visita dedicada ao investimento que a UNESCO está a fazer na reconstrução do Iraque, e o apoio que pode ser dado localmente”, indicou à agência AFP um porta-voz da organização internacional.
No percurso, estão previstas visitas ao Museu Nacional do país, ao centro histórico de Bagdade, nomeadamente à Rua al-Moutanabi, célebre pelos alfarrabistas.
O Iraque conta seis sítios inscritos na lista do património mundial da Humanidade, por ser considerado o berço das civilizações Suméria, Acádia, Babilónia e Assíria, às quais a História deve a invenção da escrita e a criação das primeiras cidades.
Após a invasão norte-americana, em 2003, contra o regime de Saddam Hussein, o país sofreu uma onda de pilhagens e tráfico de antiguidades, agravada com o aumento do poder dos jihadistas do Estado Islâmico, e o Museu de Bagdade não foi poupado ao saque.
A diretora-geral da UNESCO irá também prestar homenagem aos profissionais do setor que, nos últimos vinte anos, têm tentado recuperar e tratar o património cultural disperso.
Na terça-feira, Azoulay irá a Mossul para inspecionar as obras de reabilitação naquela cidade, palco de batalhas devastadoras devido aos ataques dos jihadistas, e na quarta-feira desloca-se a Erbil, capital do Curdistão autónomo, onde a cidadela também está classificada como património mundial.
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