Depois de meses da polémica separação com Gerard Piqué, Shakira veio finalmente falar sobre o divórcio e a polémica canção. Em entrevista ao jornalista Enrique Acevedo e ao canal mexicano Las Estrellas, nesta segunda-feira, a cantora colombiana, apesar de nunca mencionar o nome do ex-marido, conta como foram os momentos mais difíceis.
“A arte tem, antes de mais, a função de incomodar”, começa por comentar a artista, falando sobre a canção Sessions, Vol. 53, com o Bizarrap, referindo que o seu papel é mesmo “dar voz a quem não pode falar”. “Há um lugar especial no inferno para as mulheres que não apoiam as outras”.
Na entrevista, a artista diz que sempre acreditou de que uma mulher precisava de um homem para ficar completa.”Também tive esse sonho de ter uma família em que os filhos contassem com um pai e uma mãe debaixo do mesmo teto”. “Nem todos os sonhos da vida se concretizam, mas a vida encontra uma forma de te compensar de alguma maneira e creio que comigo isso aconteceu com estes dois filhos estupendos, maravilhosos, que me enchem de amor todos os dias”, conta, magoada.
O casal que se separou em junho do ano passado tem dois filhos, Milan, de nove anos, e Sasha, de sete. “Tenho dois filhos que dependem de mim e tenho de ser, mais do que nunca, uma leoa”. Mas nem sempre foi assim. Shakira conta que foi “demasiado dependente a nível emocional dos homens”.
“Quando uma mulher tem que enfrentar os combates da vida sai fortalecida e quando te fortaleces é porque aprendeste a conhecer as tuas próprias debilidades, a aceitar a tua vulnerabilidade, a expressar o que sentes, a dor”, confessa.
Foi graças a Milan que a canção que “ajudou” a artista recuperar foi gravada: “Ele disse-me: ‘Mãe, tens de fazer alguma coisa com o Bizarrap, é o Deus argentino.’”, tal como disse ao agente da cantora. Pouco tempo depois, o músico contactou Shakira.
Apesar do enorme sucesso que a música tem, a cantora diz-se assustada:“Dá-me ansiedade pensar no que falta. Sofro um bocadinho de síndrome do impostor. Nunca acredito que sou tão capaz como me dizem. Ou de ser tão criativa, tão inteligente ou tão talentosa”. Ainda assim, termina: “Há que ter fé em nós mesmos.”