“Alguns dos nossos comentadores apoiaram-nas”, admitiu Murdoch, sob juramento, quando questionado, num processo de difamação, se algum dos analistas da estação – Lou Dobbs, Maria Bartiromo, Jeanine Pirro e Sean Hannity – defenderam a alegação falsa de que a vitória eleitoral não pertencia ao atual Presidente norte-americano, Joe Biden.
O empresário disse que não interveio para impedir que os comentadores promovessem estas alegações. Negou, porém, que a empresa tenha apoiado enquanto entidade a eleição de Donald Trump.
Nas declarações, o diretor executivo da Fox Corporation referiu-se a algumas das mentiras eleitorais de Trump como disparates.
A Fox News, por sua vez, atacou a empresa que a levou a tribunal, a Dominion, que comercializa ‘software’ de votação eletrónica, classificando o processo judicial de duvidoso.
“O processo da Dominion concentrou-se sempre mais no que irá gerar manchetes do que no que pode resistir a um escrutínio legal e factual”, de acordo com uma declaração publicada pela cadeia televisiva norte-americana CNN.
A Fox News tem defendido as ações dos responsáveis pela estação, bem como dos convidados, durante as eleições de 2020, apontando que as alegações de fraude eleitoral em direto foram retiradas do contexto.
A Dominion, que apresentou o processo judicial de 1,6 mil milhões de dólares (1,51 mil milhões de euros), está a tentar provar que os responsáveis pela direção do canal noticioso sabiam que as declarações de Trump eram falsas, mas que as transmitiram de qualquer forma com vista ao lucro.
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