Liz Truss acabou de anunciar a sua demissão do cargo de primeira-ministra do Reino Unido. “Dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita”, referiu, acrescentando que se mantém como primeira-ministra até “que um sucessor seja eleito”.
Truss foi nomeada primeira-ministra do Reino Unido pelo Partido Conservador há seis semanas, substituindo Boris Johnson. Esta quarta-feira, tinha afirmado que a demissão não era uma hipótese.
“Precisamos de uma eleição geral. Agora“. As reações
Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, reagiu ao anúncio da demissão, exigindo a convocatória de eleições legislativas. “O Partido Conservador demonstrou que já não tem um mandato para governar. Ao fim de 12 anos de falhanço tory, a população britânica merece muito melhor do que que a porta giratória do caos”, denunciou Starmer. “Precisamos de uma eleição geral. Agora.”
“É o nosso dever fornecer um governo sensato e competente neste momento crítico para o nosso país”, considerou Theresa May, antiga primeira-ministra do Reino Unido.
O Presidente da República, em declarações aos jornalistas em Dublin, vê a demissão “com preocupação” e como um “fator de instabilidade” que “pode ter repercussões nos mercados financeiros” numa altura “onde já há tantos fatores de instabilidade”. “Numa altura me que já há tantos fatores de instabilidade, isto acontecer num país com o mercado financeiro como é o de Londres, não deixa de nos preocupar”
Aos jornalistas, o presidente francês, Emmanuel Macron, já lamentou a saída de Liz Truss e espera que o Reino Unido reencontre a estabilidade política. “Isso é bom para nós e bom para a nossa Europa”, disse.
Também o líder democrata liberal, Ed Davey, pediu eleições gerais: “Não precisamos de outro primeiro-ministro conservador a sair em crise. Precisamos de eleições gerais agora e os conservadores fora do poder”.
A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo comentou a saída da primeira-ministra, dizendo que ela é uma desgraça de uma líder que seria lembrada por seu “analfabetismo catastrófico”. “O Reino Unido nunca conheceu uma desgraça de primeira-ministra como esta”, afirmou Maria Zakharova.