A situação é semelhante à dos últimos dias, depois de a passagem do furacão Ian, de categoria três, ter agravado a crise energética de que o país padece há meses. Em alguns pontos de Cuba, os apagões são de até 12 horas diárias.
A UNE prevê que no horário de pico de hoje, a primeira hora da noite, a capacidade de produção de eletricidade seja de 1.922 megawatts (MW) para uma procura de 3.150 MW.
O défice — a diferença entre oferta e procura — situar-se-á, então, nos 1.228 MW (quase 64% da capacidade de produção máxima), ao passo que o impacto — o que ficará realmente desligado — ascenderá até aos 1.298 MW, 100 dos quais são atribuídos pela UNE aos danos causados pelo furacão Ian.
A UNE registou avarias em seis das 14 centrais termoelétricas (oito terrestres e seis flutuantes arrendadas), entre as quais a Antonio Guiteras (ocidente) e a Felton (oriente), as duas maiores do país.
Os apagões — por ruturas e avarias nas antiquadas unidades de produção termoelétrica, falta de combustível e de operações de manutenção programadas — são habituais desde há vários meses na ilha.
Das oito centrais terrestres, sete têm mais de 40 anos, quando a idade média destas infraestruturas é de 30 anos.
O Governo cubano anunciou em setembro que tenciona reduzir os apagões antes do final deste ano, com reparações e novos investimentos.
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