12 de setembro
Carlos III dirigiu-se de manhã ao parlamento britânico como novo rei, depois de receber condolências das duas câmaras que compõem o órgão pela morte da sua mãe. “Neste momento em que estou diante de vocês, não posso deixar de sentir o peso da História que nos cerca e nos lembra das vitais tradições parlamentares às quais os deputados das duas câmaras [dos Lordes e dos Comuns] se dedicam com tanta dedicação pessoal para o bem de todos nós”, afirmou Carlos III, de 73 anos, num curto discurso que foi seguido do hino britânico.
Depois do curto discurso, o Rei britânico saiu do parlamento para ir a uma base da força aérea britânica, para embarcar num avião rumo à Escócia, onde Isabel II morreu, na quinta-feira, no Castelo de Balmoral.
O caixão com o corpo chegou ao início da tarde, em procissão, à Catedral de Santo Egídio, em Edimburgo, onde os populares vão poder prestar de perto as últimas homenagens. O caixão vai estar em repouso durante 24 horas e acessível ao público, esperando-se filas de espera de horas, ao longo de centenas de metros. O Rei Carlos III acompanhou o carro funerário a pé, juntamente com os irmãos, princesa Ana e príncipes Eduardo e André, e uma guarda militar, enquanto a rainha consorte, Camilla, e outros membros da família deslocaram-se de automóvel.
Após a chegada à catedral, anunciada com o toque de trombetas, o caixão coberto com o estandarte real escocês foi depositado numa plataforma com a Coroa da Escócia no topo.
Seguiu-se uma missa, cujo programa inclui peças musicais de Bach, Purcell e do compositor contemporâneo escocês James MacMillan.
“Estamos reunidos neste momento como uma nação em sofrimento, mas lembrando com gratidão a longa vida e reinado da vossa serva Isabel, nossa Rainha”, vai dizer o reverendo Calum MacLeod, segundo a ordem de serviço.
O caixão vai ter uma guarda de honra permanente da Companhia Real de Arqueiros, os guarda-costas oficiais do monarca britânico na Escócia. À entrada serão feitas revistas de segurança como em aeroportos e só as pessoas com pulseiras oficiais de acesso poderão entrar. O uso de telemóveis ou máquinas fotográficas é proibido e só poderão ser transportados sacos de pequena dimensão.
13 de setembro
O caixão deixará a catedral pelas 17h, para chegar ao aeroporto de Edimburgo uma hora depois, rumo a uma base aérea, em Inglaterra, a bordo de um avião militar. Daí seguirá para o Palácio de Buckingham, onde será colocado no centro de um salão para permitir à família real despedir-se e participar em mais uma cerimónia religiosa.
14 de setembro
A Coroa Imperial do Estado e uma coroa de flores serão depositadas em cima do caixão. Ao início da tarde, pelas 14h22, terá início a procissão em direção ao Palácio de Westminster, onde terá lugar novo serviço religioso, conduzido pelo Arcebispo da Canturária. Começa, então, o velório, que se prolongará por quatro dias, até ao funeral, a 19 de setembro.
15 de setembro
Espera-se o início da chegada dos chefes de Estado mundiais para o funeral.
19 de setembro
Dia do funeral, que terá lugar na Abadia de Westminster. O caixão seguirá depois para o seu destino final, o Castelo de Windsor, onde decorrerá, na capela de S. Jorge, novo serviço religioso com transmissão televisiva.