O número de mortos devido às inundações causadas pelas chuvas mais fortes a atingir o norte da Coreia do Sul em 80 anos, subiu para 14 e há ainda seis pessoas desaparecidas, disseram hoje autoridades locais.
Os serviços de socorro encontraram na quinta-feira os corpos de dois moradores da capital, Seul, dentro de um esgoto, avançou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.
As inundações deixaram até agora oito mortos em Seul, três no resto da província ocidental de Gyeonggi e outros três na província oriental de Gangwon, sendo que estão ainda desaparecidas seis pessoas na capital.
Mais de seis mil pessoas e quase três mil famílias tiveram de ser retiradas das suas casas em 46 cidades, vilas e aldeias, incluindo a capital. Muitas dessas pessoas vivem em caves inundadas pela chuva.
Metade das pessoas que perderam a vida nos últimos dias viviam neste tipo de habitação. Em Seul existem cerca de 200 mil habitações em caves, albergando 5% de todas as famílias na capital, avançou a Yonhap.
Segundo a agência, as autoridades da capital anunciaram que irão pedir ao Governo para rever a lei de construção urbana para proibir a utilização de caves para fins habitacionais.
Seul dará ainda aos proprietários de edifícios um período de 20 anos para converter essas caves para usos não residenciais, como armazéns ou estacionamentos, assim como apoio aos arrendatários para se mudarem para habitação pública.
Partes de Seul, bem como da cidade portuária de Inchon e da província de Gyeonggi, registaram fortes chuvas de mais de 100 milímetros (mm) durante várias horas consecutivas na terça-feira.
A precipitação excedeu os 140 milímetros (mm) numa hora no distrito de Dongjak de Seul, a chuva mais forte registada em 60 minutos desde 1942.
As fortes chuvas provocaram inundações de casas, veículos, edifícios e estações subterrâneas, de acordo com a Yonhap.
As chuvas atingiram também a Coreia do Norte, onde as autoridades emitiram alertas para o sul e oeste do país, avançou na terça-feira a televisão estatal KCTV.
O jornal oficial Rodong Sinmun descreveu as chuvas fortes como potencialmente “desastrosas” e apelou a medidas para proteger terras agrícolas e impedir inundações causadas pelo rio Taedong, que passa pela capital, Pyongyang.
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