A Coreia do Norte decidiu “reforçar rapidamente as capacidades de defesa” para “um nível apropriado”, numa reunião de três dias entre o líder Kim Jong-un e os mais altos oficiais militares do país.
A agência de notícias oficial norte-coreana disse hoje que na reunião da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores, o partido único da Coreia do Norte, foram revistos os planos operacionais das unidades de combate de primeira linha.
O objetivo do encontro, que terminou na quinta-feira, foi “rever as atividades militares e políticas em geral” do exército norte-coreano, para se adaptar a “uma fase histórica de desenvolvimento” do país, avançou a KCNA.
Durante a reunião, foi aprovado o aumento do número de vice-presidentes da Comissão Militar Central e decidida “uma mudança radical no treino do exército” para “reforçar ainda mais o poder dissuasor do país”.
Kim pediu ao exército que “se esforçasse” para consolidar “poderosas capacidades de autodefesa para esmagar quaisquer forças hostis”.
A comissão terá discutido o progresso no desenvolvimento de novas armas, assim como planos para integrar alguns dos sistemas que foram testados nos últimos meses, incluindo um suposto míssil hipersónico, um míssil de cruzeiro de longo alcance e o novo míssil balístico intercontinental do Norte, disse à agência Associated Press (AP) Cheong Seong-chang, analista sénior do Instituto Sejong, da Coreia do Sul.
A Coreia do Norte realizou este ano 19 testes de mísseis balísticos, um número recorde.
Em março, Pyongyang testou um míssil balístico intercontinental capaz de atingir os Estados Unidos, violando uma moratória de 2018 em grandes testes de mísseis.
Autoridades sul-coreanas e norte-americanas disseram, recentemente, que Pyongyang está quase a finalizar os preparativos para realizar o primeiro teste nuclear em cerca de cinco anos.
O país, completamente isolado do mundo exterior desde o início da pandemia, ignorou os convites para retomar o diálogo com a comunidade internacional sobre o desarmamento.
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