A Dinamarca, a Nova Zelândia, a Holanda, a Inglaterra e a França são alguns dos países que estão ou vão começar a “voltar ao normal”, com o alívio das restrições impostas pela pandemia. Apesar do número recorde de novos casos, provocados pela variante Ómicron, os países acreditam que a solução para o fim da pandemia passa por conviver com o vírus.
É já no início do próximo mês que a Dinamarca vai extinguir as medidas impostas pela pandemia: já se pode estar espaços fechados sem máscara, os restaurantes, bares, concertos e toda a vida cultural e social vão deixar de ter regras, e as discotecas vão reabrir. “Estamos prontos para sair da sombra do coronavírus, despedirmo-nos das restrições e saudamos a vida que tínhamos antes. A pandemia continua, mas já passamos da fase crítica”, disse a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, em conferência de imprensa.
Na Holanda, os bares, restaurantes e museus foram autorizados a reabrir com lotação reduzida e até às 22 horas, desde que os clientes tenham certificado Covid-19. Esta quarta-feira, o primeiro-ministro, Mark Rutte, anunciou que o governo estava “a tentar agir conscientemente dos limites do que é possível”. No mesmo sentido, o ministro da Saúde, Ernst Kuipers, disse que a decisão de prolongar as medidas restritivas iria “prejudicar a nossa saúde e a nossa sociedade”.
O ministro da Saúde da França, Olivier Véran, disse que o pico da onda de coronavírus deve ser atingido nos próximos dias. Mas o primeiro-ministro, Jean Castex, já anunciou, na semana passada, um cronograma para suspender as restrições à Covid-19 a partir de 2 de fevereiro. O certificado Covid-19, exigido desde segunda-feira para entrar em restaurantes, cinemas e outros locais públicos, permite estabelecer limites. O teletrabalho deixou de ser obrigatório para muitos trabalhadores e máscaras já não são obrigatórias na rua.
A Nova Zelândia, que até agora seguia o plano de zero casos de Covid-19, vai mudar a forma de agir durante a pandemia e vai começar a encarar o aumento de novos casos com naturalidade. No mesmo dia em que anunciou que o adiamento do seu casamento, Jacinda Ardern fez saber que o país passaria para um nível de alerta “vermelho”, onde as empresas e as escolas permanecem abertas, as viagens dentro do país podem continuar, mas há obrigatoriedade para o uso de máscaras e o certificado de vacina é necessário para a entrada na maioria das atividades não essenciais. “Sei que ouvir este tipo de números de casos soará profundamente preocupante para as pessoas”, disse Ardern. “Faremos tudo o que pudermos para retardar a propagação e reduzir o número de casos que temos como nação.”
É já esta quinta-feira que a Inglaterra abandona todas as restrições que foram implementadas com a variante Ómicron. Isto significa que o uso de máscara em lojas e transportes públicos, o teletrabalho e certificados de vacinas deixam de ser obrigatórios. Também já na semana passada, o governo mudou a orientação para remover o uso de máscaras nas salas de aula das escolas secundárias. No entanto, os especialistas recomendam que sempre que se entre num espaço fechado com desconhecidos que se utilize a máscara, com bom senso.