Já foi batizada provisoriamente como IHU e tem 46 mutações na proteína Spike. Esta é a possível variante do SARS-CoV-2, identificada no início de dezembro numa investigação realizada por cientistas do Instituto Meditarrâneo de Infecções IHU, em Marselha, sul de França, um organismo focado em doenças infecciosas.
Até ao momento, esta variante, denominada cientificamente por B.1.640.2, já foi responsável por pelo menos 12 novos casos de Covid-19, sendo que o primeiro terá sido detetado em França, num cidadão proveniente dos Camarões, explicam os investigadores. “Estes dados são outro exemplo da imprevisibilidade do surgimento de variantes do SARS-CoV-2 e a sua introdução numa área geográfica específica através do estrangeiro”, escreveram.
De acordo com os autores do estudo, publicado a 29 de dezembro no site MedRxiv e que aguarda ainda revisão pelos pares, devido ao número de mutações desta variante, a eficácia das vacinas poderá vir a ficar comprometida, mas ainda é muito cedo para tirar esse tipo de conclusões, assim como para avaliar a rapidez de transmissibilidade e a gravidade das infeções.
O tipo de mutações encontradas nesta nova estirpe são semelhantes às que foram identificadas nas variantes beta, gama, teta e ómicron, explicaram ainda os investigadores.