“O Papa aceitou a demissão (…) apresentada pelo bispo Michel Aupetit e, ao mesmo tempo, nomeou o bispo Georges Pontier como administrador apostólico” da arquidiocese de Paris, disse o Vaticano.
No final de novembro, o bispo Aupetit entregou a sua demissão ao Papa após ser acusado pela imprensa de ter mantido um relacionamento íntimo com uma mulher, apesar de ter negado o caso categoricamente.
Num outro comunicado à imprensa, a Conferência dos Bispos de França confirmou hoje a decisão do Papa, que foi comunicada pela nunciatura apostólica francesa (embaixada do Vaticano em França), bem como a nomeação de Georges Pontier, arcebispo emérito de Marselha, para o cargo de administrador apostólico da diocese Paris.
Nomeado arcebispo de Paris em 2017, monsenhor Aupetit, 70 anos, teve em 2012 “um comportamento ambíguo com uma pessoa muito próxima a si”, admitiu a diocese de Paris.
“Não foi uma relação amorosa” ou uma “relação sexual”, garantiu a diocese de Paris à agência France-Presse, acrescentando que o arcebispo falou do assunto com a sua “hierarquia na época”.
Michel Aupetit foi promovido a bispo auxiliar em 2013 e, apenas um ano depois, passou a ser o responsável pela diocese de Nanterre. Passados mais três anos e meio, em 2017, foi nomeado arcebispo de Paris.
Aupetit, que teve que lidar com o incêndio de Notre-Dame de Paris em 2019, é conhecido pelas suas posições rígidas sobre a família e a bioética, tendo apoiado as “marchas pela vida” hostis ao aborto. Também assumiu posições severas em relação aos homossexuais em 2012, durante os debates sobre o “casamento para todos”.
O novo arcebispo de Paris, Georges Pontier, 78 anos, já foi presidente da Conferência Episcopal Francesa entre 2013 e 2019.
CSR // PAL