Theodore John Conrad tinha 20 anos quando levou a cabo um dos maiores assaltos a um banco de sempre na cidade americana de Cleveland, no Ohio. No final de mais um turno, na sexta-feira, 11 de julho, de 1969, enfiou 215 mil dólares (o equivalente a 1.7 milhões hoje em dia) num saco de papel, saiu do banco e, simplesmente, desapareceu. Só na segunda-feira seguinte, quando Conrad não foi trabalhar, os responsáveis deram pela sua falta e pela falta do dinheiro, mas, nessa altura, já o jovem tinha dois dias de avanço.
Só agora, mais de 52 anos depois, as autoridades conseguiram identificar este homem, um dos mais procurados dos Estados Unidos.
Contam os US Marshals que um ano antes do golpe, Conrad tinha ficado obcecado com o filme O Caso Thomas Crown, que conta a história de um multimilionário que, em busca de adrenalina, decide fazer um assalto. Segundo as autoridades americanas, Conrad gabou-se aos amigos sobre o quão fácil seria roubar dinheiro ao banco onde trabalhava e até lhes disse que tinha mesmo esse plano.
Procurado desde Washington D.C. à Califórnia, passando pelo Texas e o Havai, o fugitivo permaneceu desaparecido até à semana passada, quando um indivíduo, que vivia subúrbio de Boston, Massachusetts, a responder pelo nome Thomas Randele, foi identificado como sendo Theodore J. Conrad. O homem estaria a viver em Lyynfield desde 1970 e morreu de cancro do pulmão em maio de 2021. Tinha 71 anos e não os 73 que constavam da sua documentação falsa.