O Alibaba disse que vai investir em 10 projetos no âmbito da criação de emprego, “apoio a grupos vulneráveis” e inovação tecnológica. A promessa inclui o equivalente a 10,5 mil milhões de euros para um fundo destinado a reduzir as desigualdades de rendimentos entre a população, na província de Zhejiang, leste da China, onde a empresa tem sede.
Pequim lançou uma ampla campanha regulatória contra as gigantes chinesas da tecnologia, incluindo os grupos Alibaba, Tencent ou Didi Global, visando reforçar o controlo do Partido Comunista Chinês sobre o setor e garantir que as empresas alinham com os planos políticos e económicos de Pequim.
A campanha do Presidente chinês, Xi Jinping, designada “prosperidade comum”, visa combater a desigualdade numa das mais desiguais sociedades do mundo.
O país mais populoso do mundo, com cerca de 1,4 mil milhões de habitantes, tem mais bilionários do que os Estados Unidos, mas a maioria da população permanece pobre.
“Acreditamos firmemente que o Alibaba terá um bom desempenho, se a sociedade e a economia como um todo estiverem no rumo certo”, disse o chefe executivo do grupo, Daniel Zhang, em comunicado.
Pequim lançou medidas antimonopólio ou de proteção da segurança dos dados dos utilizadores contra as empresas do setor da Internet, desde o final de 2020.
O Partido Comunista Chinês tolerou o fosso cada vez maior entre ricos e pobres na China, à medida que a economia prosperou, nas últimas três décadas.
Xi Jinping, que assumiu o poder em 2012, apelou à renovação da “missão original” do Partido, o que inclui erradicar a pobreza, aumentar os rendimentos e direcionar os investimentos para tecnologias estratégicas e outras iniciativas.
O grupo Tencent prometeu também o equivalente a 6,4 mil milhões de euros, no mês passado, para iniciativas de “prosperidade comum” no âmbito da saúde, ensino e desenvolvimento rural, duplicando os gastos da empresa com responsabilidade social corporativa.
Várias empresas seguiram o exemplo.
O grupo Alibaba registou lucros de 5,9 mil milhões de euros no segundo trimestre do ano. O fundador Jack Ma, que deixou o cargo de presidente em 2019, há muito se tornou um dos mais proeminentes doadores para caridade da China.
A sua fundação enviou também equipamento médico para África, durante a pandemia do novo coronavírus, e contribuiu para a educação, saúde e causas ambientais.
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