De acordo com os dados divulgados hoje pelo Governo, em outubro foram registadas 1.548.628 contratações e 1.153.639 demissões de trabalhadores com contrato formal de trabalho, ou seja, com todas as garantias de emprego, pelo que o mês encerrou com um saldo positivo de quase 395.000 novos postos, o maior para um mês de outubro desde o início da série histórica, em 1992.
Contudo, apesar de a criação de empregos ter crescido gradativamente desde julho, quando começaram a ser flexibilizadas as medidas de distanciamento social impostas para conter o avanço da covid-19, o número de empregos formais gerados ainda não supera os perdidos entre março e junho, no pior momento da pandemia.
Nos 10 primeiros meses deste ano, o Brasil acumula uma perda de 171.139 empregos formais (resultado de 12,23 milhões de contratações e 12,40 milhões de despedimentos), enquanto no mesmo período de 2019 celebrou a criação de 841.589 novos postos de trabalho com contrato formal.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou de “extraordinária” a criação recorde de empregos em outubro e acrescentou que “ao ritmo atual” o Brasil pode “terminar o ano sem perda de empregos formais”.
“Se conseguirmos terminar 2020 com o mesmo nível de emprego de 2019 será um ano histórico para a economia brasileira”, acrescentou o governante.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (mais de 6,1 milhões de casos e 170.769 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.422.951 mortos resultantes de mais de 60,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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