Mesmo que Trump não seja reeleito, o candidato republicano está em “boa posição” para “concorrer de novo daqui a quatro anos” à Casa Branca, disse o ex-gestor de campanha do atual presidente, Bryan Lanza, no programa Today, da BBC. Neste momento, é Joe Biden quem está em vantagem, segundo as sondagens, para tomar posse como 46.º Presidente dos EUA, em janeiro de 2021.
Se “perder uma eleição muito apertada”, Trump pode voltar em força no próximo sufrágio. A pausa política aconteceria com Biden a ter de lidar com as consequências económicas da pandemia nos próximos quatro anos, transformando o mandato numa prova de fogo à liderança política dos democratas, o que poderá ditar o desfecho das eleições de 2024. “Biden terá a oportunidade de guiar este país para fora da Covid-19 e veremos quais são os seus sucessos e fracassos”, explica Lanza.
Dentro do partido, o ex-gestor clarifica que não haveria nenhum problema numa recandidatura, já que “não há ninguém no partido Republicano que possa desafiar o presidente Trump nas primárias”. “Os republicanos afastar-se-iam para permitir que isso acontecesse”, acrescenta.
A idade também foi tema em discussão, com Lanza a afirmar que Trump “será mais jovem do que Joe Biden e do que a sua atual candidatura à presidência, portanto a idade não é o problema”. Também Steve Bannon, assessor político, dizia, há um mês, que não vamos ver o “fim de Trump” caso ele perca as eleições deste ano.
Em termos legais, a Constituição limita a candidatura a apenas dois mandatos, não referindo se têm de ser consecutivos: “Nenhuma pessoa pode ser eleita para o cargo de Presidente mais do que duas vezes”. No friso histórico dos EUA, Trump não seria o primeiro candidato a fazer um interregno depois de um primeiro mandato – o democrata Grover Cleveland foi eleito de 1885 a 1889 e de 1893 a 1897.