Este fim-de-semana foi atribulado nos Estado Unidos da América. Na noite de sexta-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump foi levado para o bunker da Casa Branca na sequência dos protestos que aconteciam nas ruas e que cercavam o edifício.
Centenas de manifestantes estavam reunidos do lado de fora dos portões da casa presidencial, insultando Donald Trump, depois da morte de George Floyd, na semana passada, em Minneapolis. Os protestos já duram há vários dias, mas na sexta-feira a situação agravou-se: os manifestantes cercaram a Casa Branca, atirando tijolos, garrafas e outros objetos contra as forças de segurança. Neste clima de tensão, os Serviços Secretos levaram o Presidente abruptamente para o abrigo subterrâneo, usado no passado apenas durante os ataques terroristas. A primeira-dama, Melania Trump, e seu filho, Barron, também foram levados para o bunker.
Na origem dos protestos está a morte do afro-americano George Floyd, de 46 anos, às mãos da polícia na passada segunda-feira, depois de ter sido detido sob suspeita de ter tentado usar uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) num supermercado de Minneapolis, no estado de Minnesota.
Nos vídeos difundidos online, um dos quatro agentes que participaram na detenção mantém um joelho sobre o pescoço de Floyd durante mais de oito minutos.
Os quatro foram já demitidos e um deles foi acusado de homicídio involuntário.
Numa série de Tweets, Trump elogiou os Serviços Secretos dos EUA por protegê-lo na noite de sexta-feira, declarando que não poderia ter-se sentido “mais seguro”.
No domingo, depois do lançamento do foguetão SpaceX, Trump advertiu os manifestantes de todo o país e culpou o movimento ANTIFA (antifascista), anunciando que vai classificá-lo como organização terrorista.
“Estou diante de vocês como amigo e aliado de todos os americanos que querem justiça e paz. E estou diante de vocês com uma firme oposição sobre qualquer um que explora esta tragédia para saquear, roubar, atacar e ameaçar. Cura, não ódio, justiça, não caos, são a missão em mãos”, disse Trump, no domingo, acrescentando que a voz dos “cidadãos cumpridores da lei deve ser ouvida e ouvida em voz alta”.
“Precisamos de defender os direitos de todos os cidadãos de viver sem violência, preconceito ou medo”, disse Trump antes de apoiar “a esmagadora maioria dos policiais que são incríveis em todos os aspetos e servidores públicos dedicados”.
Os funcionários da Casa Branca foram aconselhados a esconder as suas identificações quando entravam e saiam do trabalho e a segurança da Casa Branca ainda permanece com uma “postura de proteção elevada” devido aos protestos.
Agora, surgiu uma séria divisão entre os principais aliados e conselheiros do presidente sobre como o Presidente deveria abordar as várias noites de protestos e motins. Trump está a ser incitado por alguns conselheiros a pedir formalmente à nação calma, enquanto outros declaram que ele deveria condenar os ataques e saques com mais força, ou irá correr o risco de perder os eleitores.