Após mais de uma hora de debate, os deputados da Câmara dos Comuns pronunciaram-se por uma maioria de 336 votos a favor desta proposta do Governo que já se sabia antecipadamente contar com o apoio do executivo da primeira-ministra conservadora, Theresa May, e do principal partido da oposição, o Partido Trabalhista.
A legislação agora aprovada tem duas datas de saída, às 23:00 de 12 de abril ou, na condição de um Acordo de Saída ser aprovado até às 23:00 do dia 22 de maio.
Estas datas foram estipuladas nas conclusões do Conselho Europeu de 21 de março, na sequência de um pedido do Governo britânico para uma extensão do artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que define um período de dois anos para negociar a saída de um Estado-membro da UE.
Antes da votação, a primeira-ministra britânica anunciou que pretende sair de funções antes da próxima fase de negociações com a União Europeia, quando o Acordo de Saída para o ‘Brexit’ for aprovado.
O anúncio foi sido feito durante uma reunião à porta fechada com o grupo parlamentar do partido Conservador, mas a data de saída de funções, a que se seguirá uma eleição para a liderança daquela formação política, não foi especificada.
Dirigindo-se aos deputados, admitiu: “Têm sido tempos difíceis para o nosso país e o nosso partido”, mas vincou estarem perto de “começar um novo capítulo”
“Mas antes de o fazermos, temos que terminar o trabalho que temos nas mãos”, afirmou, segundo excertos divulgados pelo seu gabinete.
Reconhecendo as críticas internas no partido e “desejo por uma nova abordagem – e nova liderança – na segunda fase das negociações do ‘Brexit'”, prometeu afastar-se.
“Estou preparada para deixar este trabalho mais cedo do que pretendia para fazer o que é certo para o nosso país e o nosso partido”, adiantou, pedindo aos deputados Conservadores para apoiarem o acordo e “cumprir o nosso dever histórico – cumprir a decisão do povo britânico e deixar a União Europeia com uma saída suave e ordenada”.
Theresa May já tinha prometido, ao responder a uma moção de censura dentro do partido Conservador, em dezembro do ano passado, que pretendia demitir-se antes das eleições legislativas de 2022.
com Lusa
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