A primeira (e última) vez que alguém fotografou um leopardo negro africano, também conhecido por pantera negra, foi em 1909, na Etiópia.Agora, o fotógrafo Will Burrard-Lucas e o cientista Nick Pilfold encontraram e captaram imagens do animal raro, sem querer, durante um rastreio de leopardos na Reserva Nacional de Laikipia, no Quénia.
No ano passado, a equipa tinha instalado várias câmaras na zona onde, supostamente, o leopardo estaria, depois de serem ouvidos vários relatos do seu avistamento. Depois de meses sem qualquer registo do animal, apareceram, recentemente, imagens de uma pantera negra a movimentar-se durante a noite.
O seu avistamento foi publicado no African Journal of Ecology. Estes leopardos são extretamente raros e, apesar de poderem ter vivido no Quénia durante este último século, não havia fotografias ou vídeos que confirmassem a sua existência até agora.
O seu pelo parece completamente negro devido a um fenómeno denominado melanismo, o oposto de albinismo. Contudo, quando este animal é observado através de uma câmara com infravermelhos, conseguem identificar-se as suas manchas icónicas.
Os leopardos estão classificados como vulneráveis na lista de espécies ameaçadas realizada pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Vários fatores podem ser responsáveis pela diminuição drástica do número destes animais, incluindo a caça, a competição por presas e o desaparecimento do seu habitat.