São bailarinos profissionais e aceitaram o desafio de imediato de quebrar a barreira do género no mundo dos ‘cheerleaders (assim mesmo, já que deixa de ter apenas mulheres e passa a ser um grupo misto) que se apresentam apresentar-se num Super Bowl. São os primeiros da National Football League (NFL), a liga de futebol americano.
Foi em março passado que se juntaram à claque do Los Angeles Rams. Quando começaram a dar nas vistas, Keely Fimbres, a treinadora, avisou a presidência do clube que o conjunto já não tinha só mulheres.
“Queria ter certeza de que todos estavam cientes de que temos dois homens extremamente talentosos que são dançarinos fenomenais, e senti que não havia motivo para hesitar”, disse Fimbres, ao LA Times.
Diga-se ainda que, não é a primeira vez que o Rams rompe barreiras. Em 1946, a equipa recrutou Kenny Washington, que se tornou o primeiro jogador afro-americano a assinar contrato com a NFL depois de a proibição ter sido suspensa após o fim da segunda guerra mundial. E foram também os Rams a contratar o o primeiro jogador de futebol abertamente gay, Michael Sam.
Mas desde então, e apesar de terem o apoio da equipa e da cidade que representam, tanto Peron como Jinnies assumem que se tornaram um alvo de insultos e gozo nos jogos e nas redes sociais.
“Senti que este é o ano. Neste momento, parece-me que isto será mais aceite”, confessava Jinnies há um par de meses, à revista Fast Company. “Se temos talento e trabalhamos muito, porque não seria assim?”.
A decisão está a impulsionar a expetativa em relação ao Super Bowl deste ano, depois da controvérsia de há dois anos com Colin Kaepernick, jogador que se ajoelhou durante o hino nacional, em protesto contra a violência policial em relação aos afro-americanos, e acabpu despedido.
Entretanto, também Rihanna e Cardi B recusaram os convites para se apresentar no intervalo do espetaculo, em tempos uma oportunidade muito cobiçada pôr vários artistas. Além disso, tanto os Maroon 5 como Travis Scott, que estão no alinhamento do programa, reconheceram terem sido pressionados para desistir.
Para Peron e para Jinnies, o Super Bowl revela-se agora a melhor plataforma para inspirar futuros líderes de claque. “Fomos contatados por imensos homens que estão interessados em experimentar”, disse Peron ao Good Morning America, assumindo: “É emocionante ver a maré mudar um pouco.”