Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, Rusli Kusmin, que segundo as agências internacionais tem cerca de 30 anos, anunciou que estava no seu barco quando assisitiu aos últimos minutos do MH370 no ar, na manhã de 8 de março de 2014.
“O avião vinha do norte, no sentido sul. Não houve explosão, nem barulhos altos dos motores”, relatou. A seguir, só viu fumo preto e sentiu um cheiro “ácido” no ar.
Na embarcação de pesca, estavam outros três homens, Eri, Beko e Kadapi. Segundo Kusmin, os quatro dirigiram-se imediatamente ao local do impacto, a cerca de dois quilómetros do ponto onde se encontravam, mas quando lá chegaram o aparelho já se teria afundado.
O pescador adianta que gravou as coordenadas do local do impacto através do sistema GPS de bordo.
Questionado sobre o porquê de falar agora sobre o tema, cinco anos depois, Kusmin assegurou que ele e a sua tripulação contactaram as autoridades da Malásia e da Indonésia mal voltaram a terra, mas sem adiantar mais detalhes. Depois, garante ter-se sentido “humilhado” com a pressão para dar informações por parte de “várias pessoas”, que lhe prometiam, até, recompensas. Por isso, os pescadores decidiram, relata, calar-se, até que, agora, uma associação de consumidores os persuadiu a falar.
O presidente da organização, Jacob George, conta que conheceu Rusli em 2017, quando, no âmbito do seu interesse no tema, quis ouvir o seu testemunho, depois de receber várias “narrativas” que não faziam sentido. Mesmo antes de levar por diante a conferência de imprensa, George diz ter recebido “ameaças de morte” caso tentasse prosseguir com a tentativa de contrariar a versão de que o piloto se teria suicidado. “Ele não era esse tipo de pessoa”, assegura.
O MH370 desapareceu dos radares com 239 pessoas a bordo.