Quando falamos de carros de coleção, há um que desperta a cobiça de quase todos os colecionadores do mundo: o Ferrari GTO, by Scaglietti, de 1962. Foram apenas produzidas 36 unidades e raramente surgem em leilões. O último que apareceu num evento destes foi arrematado por 33 milhões de euros e mantém, até agora, o recorde de preço mais alto licitado por um carro.
Entre os dias 24 e 25 de agosto, a Sotheby’s vai incluir no seu leilão anual de automóveis de Monterey, Califórnia, um outro Ferrari GTO de 1962.
A leiloeira prevê que as licitações comecem com um valor base de 38 milhões de euros e, em venda, não estará apenas o carro, mas toda uma história a ele associada. Com o número de carroçaria 3413GT, foi o terceiro GTO a ser construído e teve como primeira tarefa ser veículo de testes do piloto americano Phil Hill na corrida de Targa Florio, a mais famosa de Itália.
O seu primeiro proprietário, Edoardo Lualdi-Gabardi, ganhou o campeonato italiano de Grande Turismo, ao volante deste modelo. Venceu nove das dez corridas em que entrou. Na outra ficou em segundo.
Nos anos seguintes, o carro pertenceu a vários donos, entre os quais Gianni Bulgari, dono da marca de luxo Bulgari. Em 1994 foi adquirido pelo presidente executivo da L’Oréal, Lindsay Owen-Jones. Apesar de todo este percurso, o carro nunca teve um acidente e terminou todas as corridas em que entrou.
No ano 2000 foi comprado por uns modestos 6 milhões de euros por Greg Whitten, engenheiro informático responsável pelo desenvolvimento da Microsoft entre 1979 e 1998, e um apaixonado por carros clássicos.
Tem na sua coleção alguns dos mais exclusivos Ferraris até hoje construídos. Durante as quase duas décadas em que foi dono do GTO, Greg Whitten participou com este modelo em dezenas de eventos de carros antigos.