Oriundos da Rússia, da China, da Coreia do Sul, do Reino Unido e dos Estados Unidos, os jornalistas levados até à região montanhosa onde fica localizado o completo de testes nucleares de Pyongyang contam que assistiram à detonação a cerca de 500 metros.
“Fizeram a conategm descrescente – 3, 2, 1”, relata o repórter britânico da Sky News Tom Cheshire, após o que “houve uma enorme explosão”, “extremamente alta”, que enviou pó e calor em direção aos jornalistas, apesar da distância.
A Coreia do Norte levou, como prometido, um total de 30 repórteres até ao local para testemunharem o acontecimento, mas não permitiu a presença de quaisquer peritos. Chegar lá implicou uma viagem de comboio de 12 horas, seguida de quatro horas de autocarro e mais de uma hora a pé pelas montanhas.
Imagens de satélite mostram as plataformas de observação montadas para o efeito.
Segundo o Washington Post, os jornalistas só poderão enviar imagens quando regressarem a Wonsan, o que só deverá acontecer quando já for sexta-feira.
O profissional do Russia Today relata que durante a viagem de comboio as janelas estiveram sempre tapadas, impedindo qualquer vislumbre do exterior, mas que lhes foi servida uma refeição com 10 pratos.
O anúncio do desmantelamento do complexo de ensaios nuncleares foi feito há menos de duas semanas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, que adiantou, na altura, que a operação incluiria a explosão dos túneis, o bloqueamento das entradas e a eliminação de todas as instalações de observação, centros de investigação e estruturas de unidade de guarda no terreno.
Durante a histórica cimeira entre as duas Coreias, a 27 de abril, o dirigente norte-coreano Kim Jong-un propôs a Seul encerrar Punggye-ri, uma instalação secreta perto da fronteira com a China. Foi neste complexo subterrâneo que se realizaram os seis testes nucleares realizados por Pyongyang, o último dos quais em setembro do ano passado.