É uma bebé de quase um mês de idade – nasceu a 25 de novembro de 2017. Mas a sua história começou em 1992, quando o embrião foi congelado. Se a sua gestação tivesse sido levada até ao fim nessa altura, Emma poderia até ter sido amiga de Tina Gibson, a mulher que é agora a sua mãe.
Tina tem 26 anos e o seu marido, Benjamin Gibson, 33. Vivem no Tennessee, EUA, e desde que casaram, há sete anos, sabem que teriam de recorrer a métodos alternativos para ter um filho, uma vez que Benjamin sofre de fibrose quística, doença que o tornou infértil.
O casal contou à cadeia de televisão CNN que começaram por acolher crianças retiradas aos pais – funcionando como família de acolhimento temporário – e que o caminho que tinham delineado para ter filhos passava pela adoção.
Até que o pai de Tina lhe disse: “Vi hoje uma notícia sobre a adoção de embriões, em que se implanta o embrião e assim poderias carregar no ventre o teu filho”. O casal candidatou-se ao programa, Tina fez exames e, finalmente, foram considerados aptos.
Ao casal foram então dados mais de 300 perfis de embriões para que pudessem escolher um. O primeiro embrião que escolheram não era viável e o segundo foi este que se tornaria na bebé Emma, que nasceu saudável, com três quilos de peso.
Só quando se preparavam para o procedimento da fertilização in vitro é que os médicos informaram o casal de que poderiam estar a quebrar um recorde. O embrião mais velho que tinha sido implantado havia sido concebido em 1997.
Estes “snowbabies”, como são chamados, são doados por casais anónimos e conservados em tanques de nitrogénio líquido, através da criopreservação. Têm uma taxa de sobrevivência de 75 por cento.
Já a taxa de sucesso da implantação situa-se entre os 25 e os 30 por cento. Não admira, assim, que Tina chame a Emma a sua “bebé milagre”.