No passado fim-de-semana, o jornal New York Times publicou um artigo sobre a possível existência de um programa dedicado à investigação de OVNIs. Com o artigo surgiram ainda registos em vídeo do que podem ser naves espaciais alienígenas. Estes vídeos mostravam a reação de pilotos dos Estados Unidos ao avistar um objeto voador não identificado ao largo Califórnia. Este programa de combate aos ataques de OVNIs funcionou entre os anos de 2007 e 2012 mas acabou por ser encerrado na sequência de uma alteração de prioridades no financiamento de projetos.
Os pilotos encontravam-se a 100 milhas de distância da costa de San Diego quando receberam uma comunicação via rádio a perguntar se estavam a utilizar algum tipo de arma. Aquela pergunta chegou de um cruzeiro naval em Princeton. Os dois comandantes, David Fravor e Jim Slaight, estavam encarregues de investigar objetos que aparecessem a 80 mil pés de altura mas desceram até aos 20 mil pés para avaliar a situação. Acabaram por avistar uma nave oval e esbranquiçada. Os pilotos explicam que a nave desapareceu de seguida a grande velocidade.
Depois de se descobrir a existência deste programa, o canal CNN falou com Luis Elizondo, que liderou o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais dos Estados Unidos com um orçamento de 22 milhões de dólares, acredita que “podemos não estar sozinhos” depois de ter lido inúmeros relatórios sobre OVNIs. Em Outubro deste ano, Elizondo apresentou a demissão ao Departamento da Defesa como protesto contra o sigilo excessivo e a oposição interna ao programa que este comandava.
Em declarações à CNN, Elizondo disse: “a minha crença pessoal é que existem evidências muito convincentes de que talvez não estejamos sozinhos”. No que diz respeito às imagens que vieram a público, o antigo membro do Pentágono afirma que “aquelas aeronaves apresentam características que não estão atualmente dentro do inventário dos EUA nem em nenhum inventário estrangeiro de que tenhamos conhecimento”, disse ele. Luis descreveu as aeronaves como “objetos sem serviço de voo visível e sem nenhuma forma de propulsão e que realizavam manobras extremas”.
Elizondo esclareceu que o papel da sua equipa era “do ponto de vista da segurança nacional, [para] identificar as coisas que vemos, se as vemos eletro-opticamente, com radar ou com relatos de testemunhas oculares e tentamos averiguar e determinar se essa informação é uma ameaça”. “Ainda há, a propósito, muita coisa que nós realmente não sabemos. Penso que o que é importante é que identificámos um tipo de aeronave muito interessante e fora do normal”, conclui Luis.
Este departamento secreto sediava-se no quinto andar do Pentágono e segundo o jornal New York Times continua em funcionamento apesar do corte de financiamento que sofreu há cinco anos.