O eurodeputado britânico Steven Woolfe perdeu hoje os sentidos numa zona de passagem do edifício do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e teve de ser hospitalizado. Momentos antes, numa reunião do seu grupo parlamentar, terá sido vítima de uma agressão física – um soco, segundo vários órgãos de comunicação ingleses – por parte de um colega de partido, na sequência de uma discussão mais acesa.
Está por confirmar a relação causa-efeito entre os dois acontecimentos, separados por cerca de 30 minutos, de acordo com o The Guardian. Certo é que Steven Woolfe caiu inanimado numa passagem aérea do Parlamento Europeu, por volta das 10h30 desta quinta-feira, e teve de ser socorrido por uma equipa de emergência, antes de ser transportado para o hospital em estado considerado grave.
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O eurodeputado do UKIP, o partido de extrema-direita que liderou a campanha pelo Brexit, recuperou entretanto a consciência e, numa primeira reação, informou através do Twitter que se sente melhor.
“O TAC mostrou que não há qualquer coágulo de sangue no cérebro. De momento sinto-me mais vivo, feliz e sorridente do que nunca”, escreveu Steve Woolfe, acrescentando que o único sintoma que agora o afeta é “uma ligeira dormência do lado esquerdo da face”. “Por precaução”, vai passar esta noite no hospital.
Woolfe está na linha da frente para assumir a liderança do UKIP, depois de Diane James ter renunciado hoje ao cargo, ao fim de apenas 18 dias. Tinha sucedido a Nigel Farage, o líder histórico e um dos principais impulsionadores do divórcio do Reino Unido com a União Europeia, que agora volta a comandar o partido nacionalista britânico até ser escolhido um novo nome para o lugar.
Esta manhã, na reunião do grupo parlamentar do partido no Parlamento Europeu, o assunto foi discutido e, a dado ponto, Steven Woolfe “tirou o casaco” e desafiou Mike Hookem, outro dos 22 eurodeputados do UKIP, para um duelo “lá fora”, segundo uma fonte anónima citada pelo The Guardian. Por enquanto, nem um nem outro comentaram as notícias que dão conta de uma altercação entre ambos, já admitida pelo próprio Farage.
