É um verdadeiro golpe de asa do Governo socialista de Matteo Renzi, que investe forte na cultura, diz o líder do Executivo, como garantia de futuro e de coesão social em Itália, apesar da delicada situação económica em que o país se encontra. Assim, 574 593 jovens nascidos em 1998, e que completam agora 18 anos, vão receber do Estado um chamado “prémio da cultura” – 500 euros para gastar em entradas em museus, teatros, cinemas, concertos, exposições e feiras, ou em discos e livros.
No início a medida foi apenas desenhada para cidadãos italianos, mas o Governo de Renzi acabaria por a estender também a estrangeiros que tenham residência no país, aumentando este investimento para cerca de 290 milhões de euros. E, exceção das exceções, fundos para a cultura passam imunes pela teia burocrática. Aos jovens beneficiários bastará descarregar para os seus telemóveis uma aplicação, designada 18 app, para obterem as credenciais de acesso. Depois, os 500 euros são-lhes automaticamente atribuídos.
A medida entra em vigor a 15 de setembro, coincidindo com o início do ano escolar, e os 500 euros terão de ser gastos até 31 de dezembro de 2017. O Ministério italiano da Cultura promete apresentar um amplo catálogo de propostas em que os jovens poderão usar o “prémio” que lhes coube.