O documentário, intitulado “A vida sob cerco em Daraya, Síria”, mostra os bombardeamentos na cidade, nos arredores de Damasco, entre 2014 e finais de fevereiro já deste ano.
“Este vídeo mostra o puro terror experimentado pelos civis sitiados sob os ataques implacáveis das bombas-barril do governo sírio”, explica Magdalena Mughrabi, vice-diretora interina do programa da Aministia Internacional (AI) para o Médio Oriente e Norte de África.
O vídeo incluiu imagens inéditas captadas por civis e testemunhos de residentes, como o de uma menina que responde “querem matar-me”, quando questionada sobre os bombardeamentos. Noutra cena, vê-se um menino ferido, deitado ao lado do corpo do irmão, morto num bombardeamento, enquanto pede “não me deixes, por favor”.
Apesar de não terem sido lançadas mais bombas-barril desde o acordo que entrou em vigor a 26 de fevereiro, a AI alerta que prosseguiram os ataques com outras armas e milhares de civis em Daraya continuam a sofrer com falta de alimentos, medicamentos e eletricidade.
Fabricadas a partir de barris de petróleo ou de gás, explosivos, combustíveis e fragmentos de metal, as bombas-barril são lançadas a partir de helicópteros ou aviões, com a consequente imprevisibilidade do que vão atingir ao explodir.
Nas contas do conselho local de Daraya, a cidade foi bombardeada milhares de vezes ao longo dos últimos três anos: cerca de 6800 bombas-barril foram lançadas entre janeiro de 2014 até 26 de fevereiro. Pelo menos 42 civis, incluindo 17 crianças, morreram e, segundo ativistas locais, os bombardeamentos deixaram ainda 1200 feridos.