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Em declarações aos jornalistas, o procurador Frederic Van Leeuw revelou que o principal elemento explosivo encontrado pelas autoridades é o composto triperóxido de triacetona, ou TATP, um pó cristalino que é um pesadelo para a polícia e para os próprios terroristas.
Fácil de fazer e difícil de detetar, o TAPT é altamente instável. Para o detonar basta uma pancada e a explosão, essa, tem a força correspondente à de 80% da do TNT.
O “bombista do sapato”, em 2001 e terroristas em Londres em 2005 e 2006 usaram este químico, também utilizado nas bombas detonadas na Universidade de Oklahoma, em 2005, no Texas, em 2006 e… em Paris, nos atentados de novembro do ano passado.
“O TATP e outros explosivos da família dos peróxidos são muito usados por organizações terroristas em todo o mundo porque são fáceis de preparar e muito difíceis de detetar”, lê-se num comunicado de 2005, de Ehud Keinan, um químico israelita, que investigou a substância.
Uma das razões que torna o TATP difícil de detetar é a ausência de nitrogénio, um componente frequente das bombas caseiras que os dispositivos de segurança já detetam com facilidade.
Apesar de ser muito fácil de preparar – bastam ingredientes que podem ser adquridos legamente na farmácia ou supermercado – o TATP representa um desafio para os terroristas: “É muito fácil ir pelos ares enquanto se prepara”, explicam os especialistas do GlobalSecurity.org.