O presidente da Coreia do Norte ordenou o envio do “número três” do regime norte-coreano, Choe Ryong-hae, para um campo de trabalho, como castigo pela má gestão pública de um projeto de uma barragem hidroelétrica.
Segundo os Serviços Secretos sul-coreanos (NIS), a decisão de Kim Jong-un foi divulgada durante a sessão desta terça-feira da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, indicando que Choe, membro do Politburo do Partido dos Trabalhadores e até agora uma das figuras mais visíveis do regime de Pyongyang, foi enviado este mês para o campo de trabalho.
O NIS não adianta mais pormenores sobre a sorte de Choe e assegura desconhecer a localização do campo de trabalho para onde terá sido enviado.
No relatório apresentado no Parlamento, os serviços secretos sul-coreanos adiantam, porém, que Choe Ryong-hae foi “castigado” após terem surgido problemas no projeto de construção de uma barragem hidroelétrica próximo da fronteira norte-coreana com a China, que o levaram a pôr em causa as ordens de Kim Jong-un.
Especialistas sul-coreanos defendem que, caso a informação esteja correta, Choe possa regressar, embora ainda não se saiba quando, à elite norte-coreana por não ter cometido um delito grave.
A 12 deste mês, a agência noticiosa sul-coreana Yonhap, citando fonte do NIS, indicou que Choe fora enviado para “um programa de reeducação” na prestigiosa universidade Kim Il-sung.
Face ao extremo hermetismo do regime norte-coreano torna-se praticamente impossível conhecer dados sobre a sua própria elite política, o que explica a abundância de especulações sobre os altos funcionários e as dificuldades em comprovar a veracidade das informações, refere a agência noticiosa EFE.
Choe Ryong-hae, filho do histórico guerrilheiro e militar do regime Choe Hyon, foi o enviado especial da Coreia do Norte à China para representar o país, a 03 de setembro último, no desfile militar que celebrou o 70.º aniversário da rendição japonesa.
com Lusa