O correspondente da britânica Sky News na Coreia do Norte, Alistair Bunkall, assistiu às cerimónias de celebração do 70º aniversário do Partido dos Trabalhadores, na passada segunda-feira. Sempre supervisionado pelo funcionários do regime de Kim Jong-Un, o repórter fez-lhes algumas perguntas que pareciam ter respostas simples…. mas não tinham.
“Onde vive Kim Jong-Un?” foi uma delas, colocada a vários responsáveis. Uns simplesmente ignoraram a questão, outros desviaram o olhar, outros mudaram de assunto ou afastaram-se. Alistair Bunkall ficou sem perceber se os inquiridos tinham ordens para não revelar a residência do líder norte-coreano ou se não sabiam de todo.
A questão do tempo
Na manhã da parada militar para a qual foram convidados vários jornalistas, para testemunharem o poderio militar da Coreia do Norte, o tempo estava chuvoso e as previsões indicavam que assim se manteria ao longo do dia. A cerimónia foi adiada algumas horas, quando estava prevista para o meio da manhã.
Mas basta ver as imagens da parada para ver que o evento decorreu debaixo de um céu azul, sem sinais da chuva… que voltou uma hora depois do final da cerimónia.
A alteração do estado do tempo, dispersando as nuvens com recurso a um produto químico não é novidade para países como a Rússia ou a China. “Foi isso que a Coreia do Norte fez?”, perguntou o repórter ao guia oficial.
“Não!”, foi a resposta pronta. “O nosso grande Presidente, o fundador da República Popular Democrática da Coreia Kim Il-Sun é o Sol e brilhou a partir do céu e fez o sol brilhar”, dito assim, sem hesitar.
“Pode ter sido outra coisa?”, questionou o enviado britânico.
“Talvez”, respondeu o funcionário, depois de uma pausa.