O Supremo confirmou assim a sentença de absolvição ditada na segunda instancia pelo Tribunal de Recurso de Milão, em julho de 2014, da qual recorreu a acusação em novembro passado.
Berlusconi, que já cumpriu uma pena de um ano de serviço comunitário por fraude fiscal no “caso Mediaset”, foi condenado em primeira instância pelo Tribunal de Milão em 2013 no “caso Ruby”, a sete anos de prisão, aos quais se juntava a proibição de voltar a exercer um cargo público.
O Tribunal considerou-o culpado, em junho de 2013, de manter relações sexuais com a jovem marroquina Karima El Marough, de apelido Ruby, quando esta ainda não tinha ainda 18 anos.
Berlusconi foi ainda acusado de abuso de poder, porque segundo a Justiça milanesa terá feito uso da sua posição política ao fazer um telefonema a uma comissária de Milão a pedir que Ruby, que fora detida por roubo, fosse posta em liberdade.
Após quase 10 horas os magistrados do Supremo decidiram concordar com a decisão do Tribunal de Recurso milanês, que determinou que Berlusconi não tinha que saber na altura que a jovem era menor de idade.
A sentença põe fim a uma longa saga judicial e deixa também aberta a porta para que Berlusconi, de 78 anos, possa voltar à vida política.