Foi por mero acaso que um grupo de mergulhadores descobriu, na passada terça-feira, mais de duas mil moedas de ouro em perfeito estado de conservação. Depois de uma tempestade ter revirado o mar a noroeste de Israel, a equipa de mergulho deparou-se com o tesouro escondido no fundo do mar junto ao antigo porto de Caesarea, em Israel.
O que inicialmente pensavam tratar-se de fichas de jogo, a equipa de mergulhadores da unidade de arqueologia da Marinha rapidamente concluiu que estavam perante o mais importante tesouro alguma vez encontrado naquela região. Embora as moedas de ouro ainda não tenham uma origem definida, já foram colocadas em cima da mesa algumas hipóteses. “Provavelmente ficaram aqui depois do naufrágio de um barco que transportava dinheiro para o Egito – como era habitual naquela época – ou então era o dinheiro que pagava os salários daqueles que defendiam a cidade de Caesarea”, concluiu o diretor da unidade de arqueologia da Marinha, Kobi Sharvit.
Robert Cole, especialista na ciência que estuda as moedas e medalhas (numismática), avançou à AFP que apesar do tempo que as duas mil moedas estiveram no fundo do mar, as mesmas encontram-se em excelente estado de conservação e, portanto, não vai ser necessário perder tempo a limpá-las.
Os responsáveis pela descoberta avançaram à mesma fonte que vão continuar a investigar o caso, na esperança de descobrir mais sobre a verdadeira origem do tesouro perdido. Sabe-se, numa primeira instância, que a maioria das peças é do Califado Fatímida – império muçulmano xiita reinou a África do Norte, entre 909 e 1048, e o Egito, entre 969 e 1171.