Num “surto sem precedentes”, alguns dos ataques foram realizados por hackers conhecidos, mas foram principalmente ataques menores que apenas impediram o acesso aos sites. “Grupos mais ou menos estruturados usaram táticas como postar símbolos de grupos jihadistas nos websites das companhias” garantiu esta quinta-feira Coustilliere.
“O que é novo, o que é importante, é que isto são 19,000 sites – isso nunca foi visto antes.” acrescentou “Isto é a primeira vez que um país tem enfrentado uma onda tão grande de ciber-contestação.”
Os ataques cibernáuticos foram vistos como uma “resposta” às manifestações em massa contra o terrorismo, como foi o exemplo da marcha que se realizou no passado domingo nas ruas de França, que atraiu cerca de 3.7 milhões de pessoas.
De acordo com a Arbor Networks, uma companhia privada que monitoriza ameaças à Internet, nas últimas 24 horas, a França foi alvo de 1,070 ataques. Cerca de 1/4 dos EUA, mas estes possuem 30 vezes mais websites.
Desde os ataques, os oficiais de justiça franceses já prenderam dezenas de pessoas que apoiaram o terrorismo ou fizeram qualquer tipo de comentários racista ou anti-semita.
François Hollande, presidente francês, insistiu que estes atos deveriam ser “severamente castigados” e que os milhões de muçulmanos franceses, deveriam ser protegidos e respeitados, “tal como eles devem respeitar a nação”. Destacando que os muçulmanos são as principais vítimas da violência islâmica, acrescentou que “face ao terrorismo, estamos todos unidos.”
As autoridades militares encontram-se em vigilância permanente de forma a proteger os sites do governo de serem novamente atacados.