O presidente norte-americano considerou os ataques aéreos realizados esta terça-feira contra o Estado Islâmico na Síria foram “um sucesso” e deixou o aviso: esta ofensiva “foi apenas o início”.
Numa declaração nos jardins da Casa Branca, Barack Obama garantiu que os Estados Unidos não estão sozinhos na luta contra os militantes do grupo radical Estado Islâmico. Bahrein, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos participaram ou apoiaram os ataques contra os alvos do EI nos arredores das cidades de Raqqa, Deir al-Zor, Hasakah e Albu Kamal, na Síria.
A operação é a primeira feita pelos EUA na Síria e, em carta ao Congresso, Obama disse que não é possível saber a duração da ofensiva.
Aviões de guerra e mísseis de cruzeiro Tomahawk lançados de navios atingiram “combatentes, campos de treino, quartéis, instalações de comando e controle, instalações de armazenagem, um centro financeiro, camiões de abastecimento e veículos armados”, declarou o centro de comando americano.
“Mais uma vez, é preciso deixar claro a toda a gente que queira conspirar contra a América e magoar os americanos que não vamos tolerar portos de abrigo para terroristas que ameaçam o nosso povo”, afirmou Obama, garantindo, porém, que os Estados Unidos “nunca vão ter” forças terrestres na Síria.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que acompanha a guerra na Síria, disse que pelo menos 70 combatentes do Estado Islâmico foram mortos nos ataques que atingiram, no mínimo 50 alvos em Raqqa, Deir al-Zor e províncias de Hasakah, no leste sírio.
A entidade afirmou ainda que, pelo menos, 50 combatentes e oito civis foram mortos em ataques que vizavam a filial síria da Al Qaeda, a Frente Al-Nusra, nas províncias de Aleppo e Idlib, no norte.