“É o meu menino!”, escreveu Khaled Sharrouf no Twitter, com uma fotografia do filho, de sete anos, a segurar uma cabeça cortada. A imagem foi, entretanto, removida da rede social, mas mereceu vários comentários indignados. Um deles foi o do secretário de Estado norte-americano John Kerry, que a classificou esta terça-feira como “uma das fotografias mais perturbadoras, nauseantes e grotescas de sempre”. Também o líder islâmico da Austrália, Grand Mufti Ibrahim Abu Mohamed, condenou a foto: “É totalmente deplorável que os extremistas usem o Islão como desculpa para os seus crimes e atrocidadades”, comentou, em declarações à CNN.
A imagem foi, alegadamente, captada em Raqqa, a cidade síria para onde o australiano levou a família para se juntarem aos radicais islâmicos.
Khaled Sharrouf tem 33 anos e é filho de pais libaneses. Depois de uma adolescência difícil, em que foi expulso da escola por comportamento violento, foi levado à Justiça em 2005 acusado de terrorismo.
Em 2007, um especialista que se pronunciou a pedido de um tribunal concluiu que Khaled sofria de esquizofrenia. Dois anos depois, medicado, os médicos notavam uma “recuperação notável”.
Condenado a cinco anos e três meses de prisão, acabou por cumprir só três meses, uma vez que tinha estado detido enquanto aguardava o julgamento.