Cerca das 21:50 locais (20:50 portuguesas), os organizadores apelaram a uma multidão de cerca de 3500 pessoas, segundo contabilizou a polícia, para que “abandonassem calmamente o local” ao som da música “ce n’est qu’un au revoir” [“não é mais do que um adeus”] difundida pelos altifalantes.
Pouco menos de uma hora mais tarde, algumas centenas de pessoas continuavam na praça dos Invalides. Entre 50 e 100 dos manifestantes, segundo os jornalistas da AFP, alguns deles com máscaras ou com a cara coberta provocaram as forças policiais, abrigadas por trás de camiões antimotim que impediam o acesso à rua da Universidade, próxima da Assembleia nacional.
Petardos, garrafas e outros projéteis foram lançados em grande número sobre as forças da ordem, que ripostaram com gás lacrimogéneo.
Perto das 23:30 horas locais, registaram-se escaramuças junto a Quai d’Orsay, onde alguns desordeiros se serviram de objetos diversos roubados num estaleiro de obras para os lançar sobre a polícia.
“Os confrontos são extremamente violentos”, indicou uma fonte policial.
Não se registou nenhum confronto direto, segundo a AFP, mas os polícias foram bombardeados por projéteis, registando-se ferimentos num polícia, desconhecendo-se o seu estado atual.
Não se registaram ainda detenções, informou uma fonte policial.
Os jornalistas apelidados de “colaboracionistas”, “bastardos” e “podres” foram igualmente provocados por manifestantes agressivos, verbalmente e fisicamente.
A câmara baixa do parlamento francês aprovou na terça-fera o projeto de lei que prevê o casamento e adoção para casais do mesmo sexo.
O texto foi aprovado com 331 votos a favor e 225 contra após “136 horas e 56 minutos” de discussão, anunciou o presidente da Assembleia Nacional francesa, Claude Bartolone.
A maior parte dos votos a favor veio dos deputados de esquerda e os votos contra vieram maioritariamente da direita.
A oposição de direita anunciou que vai enviar o texto para ser fiscalizado pelo Conselho Constitucional, que deverá pronunciar-se nas próximas semanas, antes da entrada em vigor da lei, prevista para os próximos meses