Em Quantico, no estado da Virginia, onde agentes do FBI são treinados para lidar com terrorismo, são fornecidas informações, no mínimo, polémicas. “Quando mais devoto um muçulmano, mais provável é que seja violento”, lê-se das dezenas de páginas de material que é exibido aos agentes e a que a Wired teve acesso. Essas “tendências destrutivas não são reversíveis”, acrescenta a apresentação.
Estas sessões de “esclarecimento” sobre o Islão são, segundo a Wired, facultativas e são acompanhadas da nota de que se trata do ponto de vista do autor e não necessariamente do governo norte-americano, conforme esclareceu à revista um porta-voz do FBI.
Mas alguns veteranos da luta contra o terrorismo não poupam críticas à informação veiculada aos agentes em treino. “Ensinar aos operacionais de contraterrorismo os aspetos obscuros do Islão, sem contexto, sem objetividade, sem abranger outros aspetos não religiosos do comportamento perigoso não é forma de travar os verdadeiros terroristas”, considerada Robert McFadden, reformado do serviço de investigação criminal da marinha americana.