O julgamento começou, esta segunda-feira, num tribunal de Sait Poelten, a 65 quilómetros de Viena, e o arguido incorre em pena de prisão perpétua.
Três juízes e oito jurados vão decidir a culpabilidade ou não de Josef Fritzl, que chegou ao tribunal rodeado por seis polícias, escondendo a cara com uma grande pasta azul.
O arguido é acusado dos crimes de assassínio, escravatura, sequestro, violações, ameaças agravadas e incesto.
Josef Fritzl reconheceu que manteve a filha Elizabeth em cativeiro numa cave durante 24 anos e que da relação incestuosa com ela nasceram sete filhos.
No entanto, Josef Fritzl negou qualquer responsabilidade na morte de um dos filhos à nascença (em 1996) fruto da relação incestuosa com a filha, mas reconheceu que queimou o corpo numa caldeira instalada na cave da casa onde viviam.
Três filhos foram educados por Fritzl e a mulher deste, mas três outros passaram a vida inteira na cave com a mãe sem ver a luz do dia até terem sido libertados, em Abril de 2008.
A primeira audiência do julgamento e a leitura da sentença serão acessíveis ao público, dependendo as restantes sessões do desenrolar do processo, referiu uma fonte do tribunal.
Elisabeth, actualmente com 42 anos, foi fechada na cave pelo pai a 29 de Agosto de 1984, quando tinha 18 anos.
Na altura, Josef Fritzl afirmou que a filha tinha fugido de casa para ingressar numa seita desconhecida, versão aceite pelas autoridades.
A família, que esteve separada durante anos, reuniu-se na clínica de Amstetten-Mauer depois de terem sido libertados pela polícia.