Em “Welcome to Wrexham”, os atores Ryan Reynolds e Rob McElhenney documentam a sua febre pelo desporto, que os levou a comprar, por mais de €2 milhões, um clube da quinta divisão do futebol britânico e, mais tarde, a apostar na Fórmula 1 e numa equipa mexicana. Não são os únicos. Nos últimos anos, o dinheiro a fluir para a indústria desportiva subiu a pique. E já não são apenas estrelas de Hollywood, antigas glórias de algumas modalidades ou fundos soberanos do Médio Oriente a querer entrar nesta área. Também investidores financeiros, como fundos de private equity ou bancos de investimento, querem ir a jogo nos vários desportos, mas, neste caso, com a expectativa de gerar lucros avultados.
O ritmo de negócios é intenso. No ano passado, as compras a envolver ativos relacionados com o desporto bateram recordes, cifrando-se em €35 000 milhões, segundo dados do Deutsche Bank. O montante multiplicou por oito em apenas quatro anos. A evolução é ainda mais digna de nota, já que ocorreu numa fase de retração no mercado de fusões e aquisições, nos setores mais tradicionais, motivada pelo aumento a pique das taxas de juro e pela incerteza económica. Mas o que pode explicar este recente interesse de investidores financeiros?