Na proposta, que será colocada à deliberação dos acionistas na assembleia-geral (AG) da empresa, que detém a TVI, entre outros meios, no dia 18 de maio, o Conselho de Administração do grupo refere que, tendo em conta que, no que diz respeito às contas individuais, apresentou um “resultado líquido do exercício negativo em 452.385 euros, enquanto o resultado líquido consolidado foi positivo em 36.686.838 euros”, propõe que “seja deliberada a transferência do resultado líquido individual do exercício para a conta de resultados transitados”.
Ainda assim, tendo em consideração que “existem reservas livres disponíveis, conforme resulta das contas individuais do exercício de 2022”, que “as reservas livres disponíveis são superiores aos resultados transitados” e que “a distribuição de reservas livres, após a afetação de reservas livres para cobertura de resultados transitados pelo valor de 26.001.929 euros, não afeta a situação líquida da sociedade”, propõe “que seja deliberada a distribuição de dividendos aos acionistas, provenientes de reservas livres, no montante de 3.549.553,56 euros”.
Esta distribuição corresponderá a um dividendo bruto por ação de 0,042 euros, detalha.
Os acionistas irão ainda deliberar sobre os documentos de gestão e contas do ano passado e proceder à apreciação geral da administração e da fiscalização da sociedade, bem como designar os órgãos sociais para o mandato 2023-2025.
Por fim, os detentores de títulos irão “proceder à aprovação da política de remunerações dos órgãos de administração e de fiscalização da sociedade”, segundo a convocatória.
O grupo Media Capital apresentou no dia 21 de abril um lucro de 36,7 milhões de euros em 2022, o que compara com um prejuízo de 4,1 milhões em 2021 e se explica com a alienação do negócio das rádios.
Na informação disponibilizada na CMVM, este grupo de informação adiantou que aquela alienação permitiu um encaixe financeiro direto de 69,6 milhões de euros e a obtenção de uma mais-valia líquida de 46,1 milhões de euros.
A relevância desta operação é ainda evidenciada pela redução da dívida líquida do grupo, para 21,2 milhões de euros, nível este que é “o mais baixo da história” da Media Capital.
O ano transato destacou-se também por ter sido o primeiro em que o grupo distribuiu dividendos desde julho de 2018. O valor distribuído foi de 10 milhões de euros.
ALYN (RN) // CSJ