Ainda não se sabe de quanto é o aumento – até porque os preços não são tabelados, e, portanto cada comerciante pode cobrar o que quiser – mas o presidente da Associação de Industriais da Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (AIPAN), António Fontes, já fez saber que é muito provável que as empresas passem a cobrar mais ao consumidor em 2019. Desde 2008 o preço do pão já aumentou 140% – nesse ano, uma carcaça de 40g custava 10 cêntimos. Hoje, pelo menos em Lisboa, esse preço já subiu para os 24 cêntimos. A região que até 2018 pagava menos por este tipo de pão era Braga (13 cêntimos). No Algarve o preço é de 20 cêntimos.
Em declarações à agência Lusa, o responsável da AIPAN notou que face ao aumento do custo da matéria-prima, “as empresas estão a absorver os seus custos [de produção e estão também] a tornar-se muito mais eficientes”. Nesse sentido, e sem dar garantias, António Fontes admitiu não saber “qual será o papel dos empresários”, mas acreditar que “possam ter que repercutir isso no preço dos produtos comercializados”. A motivar este provável aumento do preço do pão estará ainda a subida do salário mínimo para 600 euros, referiu o responsável.
O preço do pão manteve-se inalterado entre 2011 e 2017, tendo havido um primeiro aumento, na ordem dos 20%, no ano passado. A justificar a subida estava a subida, também, dos preços da energia e dos combustíveis, que tornava a produção toda mais onerosa para as panificadoras. Este ano, António Fontes acredita que os preços possam subir cerca de 10%.